Livro, o melhor presente do mundo
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Bolsa de Valores sem segredos: um manual prático para iniciantes

 
Antecipe-se à queda dos juros e prepare-se para o novo ciclo da economia
 
Se você quer agir como os grandes investidores, que investem em ações como forma de melhorar o retorno de suas carteiras e reduzir riscos com a diversificação, então não deixe de ler este livro. 

 

Onde comprar

 

Texto da contracapa

 

 

Nesta 2ª edição atualizada, o livro apresenta, de forma muito clara e objetiva, tudo de mais relevante que os leitores precisam saber para realizar com segurança seus investimentos no mercado de ações.


O autor inicia com uma introdução à Economia, onde também destaca a importância do mercado acionário para o desenvolvimento econômico. Descreve o Mercado Financeiro, seus participantes e funções. Explica como funciona o mercado de ações, abordando todo o processo de negociação, estratégias envolvidas, custos, tributação, principais ativos e formas de se investir nesse mercado.


Mostra como operar com segurança, de forma a mitigar os riscos envolvidos. Explica as duas escolas de análise existentes, a fundamentalista e a técnica, suas bases teóricas e ferramentas utilizadas. Aborda a estratégia de investimentos de acordo com o perfil do investidor e termina fornecendo informações úteis na tomada de decisões sobre "o que" e "quando" comprar, a importância da diversificação e outras dicas para proteção da carteira, tudo com exemplos práticos e didáticos.

 

Sumário
Introdução 

1. Introdução à Economia

1.1. O que é Economia? 

1.2. Divisão do Estudo Econômico 

1.3. A importância do Mercado de Ações para a Economia

1.4. Bem-estar social e o Mercado de Ações 

1.5. Termos Básicos 

2. Participantes do Mercado 

2.1. Mercado de Capitais 

2.2. SFN - Sistema Financeiro Nacional 

2.3. CVM - Comissão de Valores Mobiliários

2.4. Bolsa de Valores

2.5. BM&F 

2.6. BM&FBOVSPA 

2.7. CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia

2.8. Corretoras

2.9. Agente Autônomo de Investimentos

3. Como funciona o Mercado

3.1. O que são Ações? 

3.2. Por que as empresas abrem seu capital?

3.3. Empresas de Capital Aberto e suas Obrigações

3.4. Oferta Pública Inicial (IPO)

3.5. Mercado Primário e Secundário

3.6. Remuneração dos Acionistas

3.7. Índices de Ações

3.8. Índice Futuro de Ações e Mini Índice

4. Negociando Ações

4.1. O Processo de Negociação

4.2. Mercado à Vista

4.3. Mercado de Opções

4.4. Mercado a Termo

4.5. Mercado Futuro - BM&F

4.6. Home Broker

5. Custos Operacionais

5.1. Corretagem

5.2. Outros Custos e Taxas

5.3. Tributação Sobre Ganhos – I.R.

6. A segurança no Mercado de Ações

6.1. Governança Corporativa

7. Como Investir em Ações

7.1. Clube de Investimento

7.2. Fundo de Investimento

8. Como Operar com Segurança

8.1. Retorno e Risco de Cada Operação

8.2. Escolas de Análise: Análise Fundamentalista

8.3. Escola de Análises: Análise Técnica

9. Estratégia de Investimentos

9.1. Perfil do Investidor

9.2. Investidor vs Especulador

9.3. Longo Prazo vs Curto Prazo

9.4. Mais oportunidades de ganhos

9.5. Risco de perder tendências longas de alta

9.6. Trader x Investidor

9.7. Operação “day trade” 

10. Tomada de Decisão

10.1. O Processo de Negociação

10.2. Como Proteger sua Carteira de Ações

10.3. Fatores psicológicos

Bibliografia

 

Introdução

 

Objetivos do Livro

 

Este livro ensina tudo o que você precisa saber para começar a investir com segurança na Bolsa de Valores. Através de uma linguagem simples e descomplicada, você aprenderá o passo a passo prático de como investir de forma segura, mesmo com pouco dinheiro, e se transformar em um investidor de sucesso.

 

Em síntese, este livro se propõe a:

  • Explicar o funcionamento do mercado financeiro;
  • Dar noções básicas de Economia;
  • Mostrar como investir com segurança na Bolsa;
  • Apresentar ferramentas que possibilitem ao investidor tomar decisões.


 

Como as emoções afetam as decisões de investimentos?

 

Antes de você prosseguir com a leitura deste livro, vamos falar de como suas emoções podem afetar o resultado das suas decisões de investimentos. Posso afirmar que muitas vezes serão as suas emoções (e não a razão) que comandarão e nortearão suas decisões sobre quando e onde investir. Pode não parecer, mas as emoções têm papel fundamental quando pensamos em investir no mercado de ações.

 

Existem diversas disciplinas que estudam o comportamento humano e a influência da psique nas tomadas de decisão, como a Psicologia Econômica, as Finanças Comportamentais, a Economia Comportamental, a Psicologia do Consumidor, a Neuro Economia, entre outras. Alguns estudos de neurocientistas, que mapearam o cérebro de investidores enquanto eles operavam no mercado financeiro, mostram que nossas decisões de investimentos são tomadas por uma área do cérebro chamada de cérebro reptiliano.


 

O cérebro reptiliano é o que controla o lado instintivo do ser humano. Ele fica localizado no neocórtex, que é a camada mais externa onde opera o raciocínio, e é justamente esta área que se encarrega das funções mais básicas: sobrevivência e reprodução. O cérebro reptiliano carrega padrões de comportamentos típicos dos répteis, em que a sobrevivência se assemelha a um sistema binário: fugir ou lutar. Ele não aprende com seus erros, não tem capacidade de sentir e nem de pensar, sua função é a de agir. Quando o cérebro reptiliano é ativado, ele assume total prioridade sobre as outras áreas do cérebro que são responsáveis pela razão. Como para quem quer investir em ações, agir por instinto nem sempre é a melhor opção, o ideal seria que tomássemos nossas decisões de investimentos baseadas no cérebro racional, localizado no córtex.

 

Então, o que podemos fazer para que nossas emoções não atrapalhem nossa razão quando vamos tomar uma decisão de investimento? Primeiro, devemos procurar conhecer e identificar alguns comportamentos típicos que refletem a tomada de decisão baseada na emoção. Segundo, estudar e planejar bem nossos investimentos para diminuir ao máximo o efeito que as emoções causam em nossas decisões.

 

Agora, vamos conhecer alguns destes comportamentos:

 

  • Efeito Manada: John Maynard Keynes, economista britânico, foi um dos primeiros a identificar e alertar para o “efeito manada” nos investimentos. Este termo é utilizado para definir situações em que investidores reagem todos da mesma forma, embora não exista direção planejada. É o famoso “Maria vai com as outras”. Por exemplo, no fim de 2010, a Bovespa estava atravessando um cenário de alta após meses de baixa por conta da crise atravessada nos EUA. Este cenário de alta levou muitos investidores a comprar ações que já haviam se valorizado consideravelmente e acabaram fazendo compras relativamente caras – vemos aí o “efeito manada”. Quando em 2011 o cenário mudou para uma tendência de baixa, muitos destes investidores assumiram novamente o “efeito manada” e se desfizeram de suas posições. O problema é que os preços haviam caído e o que muitos estavam assumindo era prejuízo. Novamente o “efeito manada” em ação. Se aqueles investidores tivessem a disciplina necessária para analisar o cenário, provavelmente não teriam comprado ações naquele primeiro movimento e não teriam perdido parte de seus investimentos.
  • Excesso de Confiança: Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel de Economia e “pai” das Finanças Comportamentais, ganhou o prêmio após estudos que mostram como as pessoas tomam decisões, e como estas influenciam em suas finanças. Segundo Kahneman, nossa aversão a perder dinheiro é muito maior do que o prazer que sentimos ao ganhar, o que ajuda a explicar o famoso “Vai subir mais um pouquinho” ou “Não vou realizar o prejuízo, a ação vai se recuperar”. Para ele, esse tipo de comportamento não é exceção, mas regra, o que torna os mercados imprevisíveis. O vencedor do Prêmio Nobel explica que o excesso de confiança faz com que o investidor muitas vezes haja como não deveria, tentando, por exemplo, antecipar-se ao mercado, o que, provavelmente, só será possível mediante acesso a informações privilegiadas, o chamado insider trading. Mesmo que suas análises e informações estejam corretas, não significa que você acertará sempre. Segundo Kahneman, “Tomar boas decisões financeiras significa se concentrar em aspectos conhecidos, como as taxas cobradas pelas gestoras e corretoras. Pagar menos pode dar um retorno extra. Diversificar é outra coisa que se pode fazer para correr menos riscos. Nada disso é muito empolgante, mas pode evitar erros. Só que a maioria dos investidores não faz isso.” Portanto, escutar uma segunda opinião, colocar um modelo de análise em dúvida, sempre nos ajudará a não mergulhar de cabeça em convicções que, às vezes, podem nos levar a prejuízos.
  • Insegurança: ao mesmo tempo em que o excesso de confiança pode se tornar um perigo para nossas decisões de investimentos, fazendo com que ter uma segunda opinião seja importante na tomada de decisão, um outro perigo ameaça o investidor: a insegurança. Todo investidor deve ter a disciplina de estudar, aprender e traçar estratégias antes de investir. Mas, às vezes, o investidor pode ficar tão ansioso para encontrar a melhor opção, que acaba ouvindo e lendo muitas opiniões – e isso o deixa inseguro para tomar a decisão correta. Projeções em demasia podem confundir a cabeça de quem vai investir. Portanto, estude, adote o seu método, escolha alguma fonte confiável para ajudar com informações, escute uma segunda opinião para confrontar a sua, mas tenha sempre o domínio sobre suas escolhas.

 

Os três comportamentos acima são os mais comuns. No entanto, deve-se tomar cuidado com outros, como o “vantajista”, que é aquele investidor que sempre conhece o amigo de alguém, que é parente de alguém, e que tem uma “dica quente” para passar. Fique atento, seu dinheiro não aceita e nem permite “achismos”.

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Sobre o autor

Edgar de Sá é Economista com especialização em Mercado Financeiro. Atua no mercado financeiro há mais de 23 anos como Operador de Mesa de diversos bancos e corretoras no Brasil, além de ter ministrado cursos e palestras sobre o mercado financeiro e finanças pessoais. 

 

Atualmente é Compliance Manager de uma instituição financeira no Reino Unido.